segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Assalto e Eleição

Ela sai para votar. Diz que se o voto fosse facultativo, talvez ficasse em casa. Mas como a lei a obriga, toma o ônibus e vai.
Cumpre finalmente o dever cívico, torcendo no final das contas para que seu candidato, se eleito for, pelo menos cumpra os compromissos firmados. E de algum modo orgulhosa, embarca de volta para casa pensando em aproveitar o feriado que seria de descanso, não fosse o que vem na sequência.
Um grupo de homens entra no coletivo. Armados de faca, anunciam um assalto.
Não querem outra coisa além de celulares e impondo o terror, ordenam que o motorista prossiga sem fazer paradas até que todos os aparelhos sejam recolhidos.
O percurso, do retorno do São Francisco até as imediações da Igreja do mesmo bairro, é curto, mas tenso, quase desesperador. Olhando pelas janelas, ela torce para que apareça alguma patrulha da Polícia Militar. Nada! Então reza para que os ladrões se mantenham calmos, não ferindo ou matando alguém.
Finalmente os assaltantes ordenam ao motorista que pare. Ele obedece e os homens descem correndo, tomando a direção à Ilhinha. Um gemido: uma passageira que entrara em pânico se jogara para fora, e parece que quebrou um dos pés. Mas o pior já passou.
Confusa, tentando entender, ela apalpa a bolsa, como se fosse possível que o celular, que acabara de entregar para os ladrões, ainda pudesse estar em seu poder. Encontra apenas o título de eleitor acompanhado do recibo de votação. À noite, pela televisão, soube que seu candidato ganhou. Mas não viu motivo para comemorar.



domingo, 30 de outubro de 2016

Consumo de maconha e falta de grana pode ter relação, dizem cientistas ingleses


Consumo de maconha e falta de dinheiro no bolso pode estar relacionado. Pelo menos essa é a viajante conclusão de cientistas ingleses, que depois de experimentos chegaram à conclusão que o efeito da erva diminui no usuário a libido pelo ganho material, influenciando no quesito ambição. Para o teste, relatado na revista Super interessante de outubro, os pesquisadores pediram para os participantes inalarem placebo e canabis. Depois mandaram todos apertar dezenas de vezes uma barra de espaço em curtos intervalos de tempo. Os participantes tinham duas opções: ou pressionavam 30 vezes a tecla em 7 segundos, e ganhavam 50 cents – ou teclavam 100 vezes em 21 segundos, para levar até dois euros. O custo-benefício não animou. Quem fumava a maconha tinha mais chance de desistir do dinheiro fácil do que quem usou o placebo. 



sábado, 29 de outubro de 2016

Feira do Livro ameaçada de não acontecer


Por Geraldo Iensen
Pelo menos a classe artística da cidade está num clima tenso. Estão circulando desde quinta-feira informações que levam a crer que a 10 ª Feira do Livro de São Luís – 10 ª FELIS, marcada para os dias de 6 a 13 de novembro, pode não ser realizada. Os motivos são muitos.
O primeiro sinal veio através de um texto que percorreu grupos de whatsapp dizendo que “a estrutura dos stands da Feira do Livro que estava sendo montada foi recolhida, por embargo do IPHAN, alegando falta de pagamento da prefeitura das autorizações anteriores e a deste ano, E corre o risco de a feira não acontecer”.
Em contato com Raphael Pestana, Coordenador técnico do IPHAN, foi esclarecido que o IPHAN não embargou nada e nem cobra por “análise ou aprovação de qualquer coisa”. Porém, segundo o coordenador, “todo ano eles mandam o projeto com meses de antecedência. Agora eles mandaram em cima da hora e mesmo assim nós analisamos e devolvemos para eles complementarem o projeto com as informações, como fazemos todo ano, e eles nunca deram nenhuma resposta”. Ou seja, pelas declarações do coordenador técnico do IPHAN, sequer há uma anuência do órgão para com a FELIS.
A montagem da estrutura da feira foi o início da desconfiança e apreensão dos artistas. Na quarta feira, o estacionamento em frente à Casa do Maranhão estava interditado, para montagem da FELIS, mas no dia seguinte, quinta feira já funcionava normalmente. Fato comprovado por taxistas e flanelinhas do local. O feriado do funcionalismo público dificultou o contato com a organização da feira.
O ator Urias Oliveira publicou num perfil de rede social que “até agora não saiu a seleção dos espetáculos para a Feira do Livro. Ontem um assessor do Holandinha (sic) garantiu que ele não assinou o contrato e só assinará após a eleição. Por isso a empresa que estava iniciando a montagem da estrutura na Praia Grande desmontou e sumiu. Será?”.

O fato é que a prefeitura tem uma semana para fazer tudo o que falta para a realização da Feira do Livro. E uma coisa é certa, montar toda aquela estrutura e organizar os stands em apenas uma semana é uma tarefa árdua. E, a julgar pela desconfiança dos interessados, escritores, palestrantes, atores e público a dúvida sobre a concretização da 10ª FELIS é geral.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Thalita Rebouças em São Luís


Entre as atrações da Feira de Livros de São Luís deste ano está a escritora ídolo do público juvenil Thalita Rebouças, com mais de 1,5 milhões de exemplares vendidos. A carioca, nascida em 1974, tem vinte obras publicadas, que viraram jogo de tabuleiro, peças de teatro filme e até mangá. A carreira de Thalita, que festeja  títulos lançados em Portugal e diversos países da América Latina, tem como marcas o contato constante com seu público leitor e participação intensa em feiras de livros. Thalita Rebouças estará em São Luís no dia 7 de novembro (domingo), prometendo arrastar multidões.

Livros
Traição entre amigas
Fala sério, Mãe!
Fala sério, Amor!
Fala sério, Amiga!
Fala sério, Pai!
Fala sério, Professor!
Tudo por um Pop Star
Tudo por um namorado
Tudo por um feriado
Uma fada veio me visitar
Ela disse, Ele disse
Era uma vez minha primeira vez
Fala sério Filha! A vingança dos pais
Livros em Portugal
Que cena, Mãe!
Que cena, Amor!
Que cena, Amiga!
Que cena, Pai!

Tudo por Pop Star

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Por uma cidade mais limpa



Legal a campanha da Escola Crescimento para conscientizar donos de cães, em especial aqueles que não recolhem os excrementos dos seus animais em ruas e praças, com relação aos cuidados que devem ter com a limpeza da cidade. Apesar de ser uma questão de civilidade e de respeito para com a população, são raros em São Luís os donos de animais que adotam um comportamento positivo nesse sentido. O que, certamente, motivou a campanha da escola. O recado para os esquecidinhos vem num folheto devidamente acompanhado de luva de plástico. 

MILTON LIRA VOLTA A DEFENDER POSIÇÃO DOS LIVREIROS COM RELAÇÃO À FEIRA DE LIVROS

Diante dos incômodos que a Carta Aberta dos livreiros aos candidatos a prefeitura de São Luís possam ter ocasionado, Milton Lira, membro da diretoria da Associação dos Livreiros do Maranhão (ALEM) voltou a defender o documento. Segundo Milton, a intenção não foi de maneira nenhuma criticar de forma irresponsável a organização da Feira de Livros de São Luís, mas sim contribuir com sugestões e ideias que possam vir a somar no processo de construção do evento. “Queremos uma feira cada vez maior e mais forte, uma feira com a qualidade que a população de São Luís merece, e só conseguiremos isso sem medo de pensar e opinar”, disse o livreiro.
A Carta foi publicada ontem no jornal O Estado do Maranhão. É dirigida tanto a Eduardo Braide como a Edivaldo Holanda Júnior. Entre suas considerações gerais, o documento demonstra que a feira, nos últimos seis anos, perdeu em tamanho e qualidade, e aponta uma série de questões que precisam e devem ser revistas a fim de que a Felis recupere sua grandeza anterior. “Nada que não seja evidente, nada que as pessoas não saibam”, salientou Milton. Entre os problemas apontados pelos livreiros estão, por exemplo, a falta de um cronograma regular, uma vez que não existe uma data certa para o evento acontecer: falta de um orçamento definido, e a eterna indefinição sobre o local, sendo que a Feira já aconteceu na Maria Aragão, Ceprama, Convento das Mercês e, por último, na Praia Grande.  



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Academia chama Dylan de mal educado e arrogante


Enquanto mortais discutem se a escolha de Bob Dylan para o Nobel de Literatura foi acertada ou não, o compositor americano deixa a Academia Sueca no vácuo, não tendo dito até agora se aceita ou não a honraria. Para um membro da organização que concede o Nobel, o silêncio do artista é “mal educado e arrogante”. E pode resultar no não recebimento dos 900 mil dólares a que tem direito. Sobre o perturbador silêncio de Dylan as opiniões também se dividem. Para muitos deve-se provavelmente ao fato de Dylan, fazendo coro com expoentes da literatura mundial, não se achar merecedor do mimo. Na direção contrária, tem quem ache simplesmente o seguinte: Dylan não está nem aí para o Nobel, ou antes, está cantando e andando para o prêmio.


LIVREIROS PUBLICAM CARTA ABERTA AOS CANDIDATOS A PREFEITO



A Associação dos Livreiros do Estado do Maranhão (ALEM) publicou uma carta aberta aos candidatos a prefeito de São Luís, onde aponta os principais problemas enfrentados pelo mercado do livro local, e, em especial, aqueles que envolvem a realização da Feira do Livro de São Luís, a Felis. Segundo os livreiros, algumas feiras foram bem sucedidas, porém, nos últimos seis anos, o evento enfraqueceu por conta dos investimentos insuficientes e falta de tratamento adequado por parte do poder público, embora trate-se do maior evento literário do Maranhão.
Entre as críticas constantes do documenta, a Alem aponta as diversas mudanças de local e data de realização, desconsiderando que iniciativas desse porte necessitam de planejamento minucioso, espaço adequado, infraestrutura, recursos humanos especializados, segurança e outros itens, necessários para manter o padrão de qualidade que o evento e a sociedade merecem.
No documento os livreiros lamentam o retrocesso da Felis, no passado tida como destaque nacional e figurando entre as 10 melhores do Brasil, e diz esperar que no futuro o evento volte a ser referência para nossos leitores e livreiros. E finalizam pontuando algumas questões que, de acordo com a carta, merecem um olhar cuidadoso por parte daquele que vier a assumir a prefeitura pelos próximos quatro anos.  Entre eles:
a)   Que as próximas feiras sejam realizadas em locais adequados, como a Praça Maria Aragão ou Centro de Convenções, por exemplo.
b)   Que seja aprovada uma emenda estabelecendo um orçamento digno para realização da Feira e que esse orçamento seja aplicado em atividades da Feira, para promoções do livro e da leitura.
c)    Que a prefeitura conceda Vale Livro para os estudantes de escolas públicas, a exemplo das primeiras edições do evento.
d)   Que a Feria seja bem estruturada, divulgada na comunidade, de forma a facilitar a participação da população de baixa renda, inclusive com transporte.
e)   Que a coordenação da Feira tenha o apoio necessário, principalmente de consultoria, e uma estrutura adequada para garantir o desempenho de suas atribuições, considerando que trabalha atualmente sem a mínimas condições, não dispondo de internet, telefone, espaço adequado, etc.
f)     Que os convidados (escritores, ilustradores, artistas e especialistas) sejam remunerados conforme estabelecido com a coordenação da Feira.

g)   Que as próximas feiras sejam realizadas pela Alem, a exemplo do que acontece em outros estados, que contratam a Câmara Brasileira do Livro e/ou empresa especializada para garantir a execução do evento com êxito. 

A menina que odiava livros


Animação que conta a história de Nina, uma menina que não gostava de ler, mas que, ao se deparar com o rico universo da leitura, descobre uma nova realidade.


segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Bob Dylan vencedor (ou o prêmio que queria um prêmio)



por Jose Ewerton Neto, 
( publicado no jornal O Estado do Maranhão) 


recente premiação do Nobel de literatura para Bob Dylan, poeta e músico (porém, mais músico que poeta)  indignou muita gente no meio intelectual e provocou um daqueles debates sem solução a que já estamos acostumados, em outros temas. Neste  caso: até que ponto um prêmio de literatura deve ser exclusivo de quem pratica a literatura através da escrita de livros?
            Alguns elementos para o debate:

            1.Bob Dylan tem tal envergadura como ícone da cultura universal  do final do século passado que não vale a pena esmiuçar sua biografia à cata de referências que o credenciem como artista. É desses talentos que, surgindo raramente, conseguem aglutinar multidões em torno de seu brilho, e conseguem cintilar, mesmo num céu já polvilhado de estrelas.

            2. Seu talento musical, no entanto,  é de tal  forma exuberante que limita a compreensão do seu alcance literário e esse parece ser o xis da questão. Como dissociar uma coisa da outra? Se a concessão de um prêmio é, por natureza,  competitiva, deveria ser elementar que todos pudessem disputa-lo em igualdade de condições. Ora, soa como covardia para com os demais poetas do mundo ( que escrevam apenas livros) que um deles possa concorrer  a um prêmio literário à reboque das músicas que canta, e das fascinações que suscitou a partir disso.

            3. Parece oculto a tanta gente que discordou da escolha, o fato de  que a literatura sai ganhando com a eleição de Dylan de uma forma sutil, porém mais explícita do que aparenta à primeira vista.  Sim, a velha Literatura sai dos debates irradiando mais uma vez a sua notável abrangência  e sua face universal ( principalmente para os que disso ousam duvidar) de maior de todas as artes.  Só mesmo a Mãe  Literatura, poderia encampar , sob debates, ou não , um divo de outra arte, colocando- o  premiado sim, mas como um refugiado,  sob seu manto.  
                                                  
                                    

            4.A atribuição do Prêmio de Literatura para Dylan (sendo ele estranho no ninho ) nada tem de  inovadora, inusitada, sequer original. Aqui mesmo, no Brasil, escritores e críticos literários que se escandalizaram  com a escolha do músico, aceitam naturalmente que Chico Buarque de Holanda, por exemplo, seja concorrente a prêmios literários e os vença , sem mérito literário, certamente porque pesa na concessão do prêmio, a densidade de seus títulos  oriundos da música . No caso de Dylan há uma diferença. O norte- americano jamais se propagou  escritor ou poeta, como fez Chico Buarque . Não foi ele quem procurou o Nobel, mas, o vice-versa que aconteceu.

            Dito isso, os argumentos contra e a favor de Dylan/Nobel,  se exaustivamente discutidos, apenas escondem  o aspecto mais danoso dessa problemática. Até que ponto hoje se fazem prêmios para...premiar o prêmio? Seja na Suécia, no Brasil ou em Portugal? Quantos dos prêmios imerecidamente ganhos por Chico Buarque, Gabriel Pensador e outros aconteceram apenas por que, hoje em dia, não se fazem mais prêmios para premiar o escritor, mas escolhe-se alguém famoso para engradecer o prêmio?
            Neste sentido, o maior dos prêmios, conhecidos, o Nobel apenas se tornou mais uma vítima dessa doença típica da modernidade: a de querer aparecer - como diria o caboclo. E escolheu para isso (maquiavelicamente, diga-se de passagem) alguém acima de qualquer suspeita: o grande Bob Dylan.

Diga 33


O segundo turno está chegando com as pesquisas mostrando um nervoso empate técnico entre  Eduardo Braide e Edvaldo Holanda. Para os analistas de plantão, dois eventos que devem acontecer ao longo da semana serão definitivos para que a balança pese para um dos lados: o Debate da Mirante e uma tomada de posição definitiva por parte do governador, explicitando em vídeo seu apoio ao atual prefeito.  O que será mais decisivo? O debate, provavelmente, ao qual Edvaldo Holanda não pode faltar e no qual teme ser triturado por um Braide que, de azarão, chegou ao segundo turno com gosto de sangue na boca. Falar em sangue, uma das piadas mais engraçadas que circulou até agora a propósito das eleições é a seguinte: durante a apuração, incapaz de acreditar que não ganharia logo no primeiro turno e talvez nem no segundo, Holandinha teria passado mal. Atendido na emergência, o médico o examinou pedindo que ele dissesse 33. "32", disse o paciente. "Não é 32, querido, é 33", corrigiu o médico. "34", disse o paciente, sem conseguir, por motivos óbvios, falar o 33 inimigo entalado em sua garganta.


domingo, 23 de outubro de 2016

Mulher diz ter sido estuprada por Pokemon


Bem poderia ter sido no Brasil. Mas aconteceu na Rússia. Uma mulher de nome não revelado deu parte na polícia dizendo ter sido estuprada por um Pokemon, desses do jogo que virou febre mundial. A aparição teria acontecido quando, depois de jogar no seu smartphone, a mulher pegou no sono e acordou com o celular apitando, momento em que o Pokemon descontrolado trabalhava freneticamente sobre seu corpo.
A polícia não acreditou na versão da denunciante, e sugeriu que ela procurasse psicólogo. O marido também não. Um amigo do casal que acompanhou o caso afirmou que não é de hoje que a mulher faz afirmações como essa. Ninguém foi preso. 

Adesão do Maranhão à Independência