Conta-se que um dia um grupo de ciganos fixou-se em algum lugar pelas bandas do Mearim, no sertão maranhense, próximo a um belo pau d’arco. Ansiosa para saber seu futuro, a filha de um fazendeiro foi escondida até o acampamento para que lessem sua mão. Ouviu então o seguinte: Quando este pau d’arco voltar a florir, minha patroinha sairá de casa toda vestida de branco, com um véu muito comprido e ricamente engrinaldado, com flores de laranjeira.
A mocinha voltou para casa feliz da
vida. No seu entender, o que as linhas da sua mão indicavam é que num futuro
próximo, iria estar casada. Mas quando o pau d’arco floriu, a coitada adoeceu.
E saiu de casa, sim, toda engrinaldada, mas não para o altar, e sim para o
cemitério.